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Saltou-me as pipocas.
Se estou zangada?
Muito.
Para o ano já passa.
Assumindo quem sou, qual ser mitológico, sereia do imaginário das lendas marítimas, cantadas tristemente pelos pescadores que enfrentam os perigos do mar.
O meu canto, dissonante ou melodioso, não será mais escondido. Deixá-lo-ei correr livre, de notas rasgadas, pelo areal.
Se me perguntarem o nome cantá-lo-ei bem alto para quem o quiser ouvir.
Não importa já, se sabem quem sou.
Sou tudo aquilo que leram e muito mais.
Sou assim.
Eu mesma.
Como já tinha referido anteriormente, o blog missxis.blogs.sapo.pt encerrou as suas portas pela quebra de anonimato. Como se a vida deixasse de ser minha, todos os que o leram, com as suas interpretações, extrapolações, deduções e opiniões pessoais, transformaram tudo aquilo que escrevi em vários guiões cinematográficos, transformando-me numa personagem desenhada à medida das suas próprias imaginações.
Apesar de tudo o que escrevi e o que ainda escrevo ser a partilha real da minha pessoa, nunca me conhecerão, de facto, somente através do que escrevo.
É, de facto, uma posição confortável, saberem quem sou e esconderem-se cobardemente por detrás de um suposto anonimato, opinando de forma livre e insensível sobre o sentido ou porquês daquilo que escrevo.
Deveriam tentar sentir como é estar deste lado, exposta, nua, sabendo tudo sobre mim através do que escrevi, eu nada sabendo sobre quem me lê, e com essa vantagem egoísta nas mãos, julgarem o que escrevo ou o que escolho que permaneça privado.
Ponham a mão na consciência ou, se a não tiverem, arrangem uma.
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