Temos de ler menos
- O conhecimento é uma espécie de maldição. Quanto mais sabemos, mais queremos saber. Quanto mais sabemos, mais infelizes nos tornamos.
- Temos de ler menos.
- Tarde demais.
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- O conhecimento é uma espécie de maldição. Quanto mais sabemos, mais queremos saber. Quanto mais sabemos, mais infelizes nos tornamos.
- Temos de ler menos.
- Tarde demais.
Os direitos dos animais devem ser respeitados?
Claro que sim.
Mas chegou-se a um nível em que os animais são mais bem acolhidos do que as crianças. Como se as crianças fossem os animais do século XXI e os animais as novas crianças.
Assiste-se a uma maior repulsa por uma criança a chorar do que por um cão a ladrar e isto eu não compreendo, por mais politicamente correcta ou incorrecta que seja esta constatação.
Há que respeitar os animais, mas acima deles estará sempre o ser humano, ou não?
Se voltasse atrás e mudasse algo que não gostei, podia perder algo que essa coisa má me deu. Não nos devemos arrepender de nada.
in After Life by Ricky Gervais
A crença numa entidade divina parte de um querer humano.
Se Deus existe é porque quero que ele exista.
Nenhum de nós sabe o que existe e o que não existe.
Vivemos de palavras.
Vamos até à cova com palavras.
Submetem-nos, subjugam-nos.
Pesam toneladas, têm a espessura de montanhas.
Raul Brandão - Húmus
- Porque é que as tempestades têm nomes de pessoas?
- Porque só o ser humano consegue ser tão destrutivo quanto a própria natureza.
- Ainda assim gostava, um dia, de vivenciar uma tempestade chamada Bobby.
Ah, ah, ah...
Desculpem, não resisto a uma boa piada.
Na geração X houve rebeldia.
Muita.
Passámos por várias revoluções: políticas, sociais, culturais.
Partimos a louça toda que havia para partir.
Até vimos a Madonna a queimar crucifixos e a beijar um Jesus preto no "Like a Prayer".
A mentir-nos que era virgem.
Se ficámos ofendidos?
Obviamente que não.
Não havia Facebook ou Twitter para ficarmos ofendidos por detrás de um ecrã.
Ficámos claramente boquiabertos e obviamente juntámo-nos à loucura.
Na era dos millennials a Madonna não teria sucesso.
Simplesmente porque é uma era em que não há rebeldia.
Em vez da rebeldia, ofendem-se e creio que há aqui um equívoco: ofenderem-se por tudo e por nada não é rebeldia.
Aliás, estar ofendido é um trabalho a tempo inteiro.
Ofendem-se, mas não com a fome em África ou com as guerras que grassam por esse mundo fora.
Ofendem-se com posts, tweets e insta stories, que se tornam automaticamente no eixo dos acontecimentos do mundo.
Meras opiniões catapultadas em eventos à escala mundial que são aquilo que são: nada.
A geração X quer a Madonna de volta para ressuscitar a rebeldia aniquilada por esta apatia tão hipster.
Estamos sedentos de maluqueira, meus caros.
E por favor, não se ofendam.
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