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Se é para entreter as crianças, mais vale deixarem-nas ver o Alien ou o Predador que, além de terem melhor aspecto do que a Maria, sempre traumatiza menos as crianças.
É que os pais podem explicar aos filhos que os monstros desses filmes não existem e são tudo ficção, já a Maria Leal existe mesmo, leva maridos tolinhos à falência e agora quer ficar com as nossas crianças.
Temos canudos, mas não temos cabeças pensantes...
Se nos atrevemos a frequentar a inquietante caverna do humano, temos também de afrontar a negríssima luz de algumas sublimes, mas terríveis obras de arte.
Luz que tanto sai de mãos eucarísticas, como de mentes misóginas, racistas, pedófilas, seja de um Polanski ou da nazi Leni, de Villon, Balthus, Larkin, Woody Allen.
A biografia é um purgatório moral.
Destemida mistura de céu e inferno, a obra de arte bate com estrondo a porta na cara a toda a moral.
E pronto, tudo acontece sem grandes pruridos: quem governa lá se vai governando, quem é governado, habitualmente ignorante e semianalfabeto, lá se vai alegrando com A Bola e os crimes ou as beldades marotas do CM, ou ainda inflamados e indignados textos nas redes sociais cuja defecação acaba por aliviar e poupar consultas no psiquiatra.
Não vejo televisão e esta constatação parece chocar o mundo.
Serei bicho raro não achado?
No meu habitat a caixa mágica é apenas um objecto de decoração. Há muito que deixou de exercer a sua magia sobre mim.
Não me diverte, não me entretém, não me educa.
O problema da televisão é não só o que ela faz às pessoas, mas também o que as pessoas fazem à televisão, congratulando-se com a mediocridade que ela exibe.
minimal me, less to be more
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