Nunca escrevi muito sobre o meu minimalismo, porque pensei que não faria sentido fazê-lo.
O pouco que escrevi, escrevi-o sob a alçada da tag à qual chamei minimal me, simplesmente porque o meu processo de minimalismo começou por mim e não pelos objectos que possuo. Creio que por questões existenciais ou outras, o primeiro excesso a minimizar deveria começar por mim própria.
Mentalmente delineei um plano experimental de um minimalismo por ano que fui seguindo, mas sobre o qual pouco escrevi. Assumi-o como uma espécie de arte da simplicidade, criada sem pressas e tridimensional.
Este experimentalismo acabou por se revelar bastante real (nunca acreditei que o conseguiria cumprir) quando percebi que aquilo que abandonara já não lhe sentia a falta.
No minimalismo não basta o acto de minimizar, há que se sentir bem com o pouco que fica desse acto, há que sentir que o pouco é o muito que necessitamos. Caso contrário não conseguimos o minimalismo, mas outro -ismo qualquer.
O meu minimalismo tem-se focado no destralhar das abstracções sociais sobre o qual já escrevi e que continuo a praticar.
São mais que os meus sapatos e confesso, como sapatólica anónima, que tenho sapatos para todos os pés de uma centopeia e mais alguns.
minimal me, less to be more