A felicidade é assim
World Press Photo 2019
Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Lisboa
Foto de Dário Pequeno Paraíso
Foto-reportagem O Mar que nos une
Promovida pela Fundação Galp em parceria com a Visão
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World Press Photo 2019
Museu Nacional de História Natural e da Ciência
Lisboa
Foto de Dário Pequeno Paraíso
Foto-reportagem O Mar que nos une
Promovida pela Fundação Galp em parceria com a Visão
Pisar a realidade nua e crua do World Press Photo transformou-se, há vários anos, num ritual.
Um ritual pessoal e inadiável, uma pequena caminhada em peregrinação, da fantasia de uma rotina fútil para a realidade cruel que não quero ver.
É um momento muito espiritual e emocional e prefiro fazê-lo sozinha, de mão dada com este silêncio sagrado e intocável. As palavras apenas o quebrariam em pequenos nadas, quando se está perante o tudo do mundo.
Observo a normalidade dos outros levada ao extremo e deixo de saber defini-la.
A fotografia incomoda de forma avassaladora, faz-me engolir em seco, enterra-me os pés no chão, o meu olhar petrificado numa pessoa estática, que me observa do outro lado do mundo, através de uma impressão fotográfica.
Quem és tu e o que fazes aí?
A liberdade é a ideia mais bonita do mundo. É volátil quando a querem moldar, é perene quando a querem caduca, é de todos para todos até quando a querem de poucos para ainda menos.
Mas se existisse sozinha, sem a que tem limites (a tua acaba onde começa a minha? não sei se será exactamente assim, mas serve para o caso), já o mundo tinha acabado ainda mais rapidamente do que estamos todos a tentar que aconteça. Há demasiados seres humanos desumanos para que a liberdade seja plena.
Logo, e por tudo isto, a liberdade é responsabilidade.
A ler:
Diogo Faro in Sapo 24
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