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A conversa começou pelas perguntas sonsas: quais são os limites do humor? Ou: para que serve o humor?
Os autores das perguntas não estranhavam que não se quisesse investigar os limites da poesia, do teatro ou de qualquer outro discurso não literal. Nem lhes ocorreu que a pergunta “para que serve o humor?” fazia tanto sentido como as também prementes questões “para que serve a nona sinfonia?”, ou “para que serve a Mona Lisa”?
Quem ia respondendo que definir um limite era o princípio de um processo irreversível e que o humor não pertencia ao número de coisas que tivessem serventia – como, por exemplo, uma esfregona – era considerado um perigoso radical da liberdade de expressão.
Entretanto, instituiu-se que, como aliás se pensava no tempo de Jorge de Burgos, todo o humor é uma agressão. E agredir, evidentemente, é feio.
Ricardo Araújo Pereira in Visão
As distopias dão boas histórias: alguns dos melhores livros de ficção falam de mundos em que o homem é dominado por forças que viram do avesso as sociedades e espelham o pior da natureza humana – veja-se o 1984, de George Orwell; O Ensaio Sobre a Cegueira, de Saramago; O Quase Fim do Mundo, de Pepetela; The Handmaid’s Tale, de Margaret Atwood.
Só que hoje praticamente nem precisamos de literatura: ao ler as notícias, parece que estamos no arranque de um livro de ficção científica com um desfecho potencialmente desastroso.
Mafalda Anjos in Visão
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