Mudei a minha prática de yoga
O tempo passa.
Ontem contei os anos.
Pratico yoga há cinco.
De forma intermitente e dispersa.
O primeiro dia de prática é uma memória que ainda guardo.
Um grupo de apenas três pessoas e muita curiosidade por uma prática milenar que nos iria partir os ossos todos, dizíamos a rir.
As minhas manhãs de domingo transformaram-se nas melhores manhãs da semana.
Contingências da vida levaram a minha prática para outros locais, mas nunca mais consegui encontrar a mesma boa energia destes primeiros tempos.
O yoga que viria a praticar - ou os "yogas", no plural, como gosto de lhes chamar - tornou-se numa mescla de vários tipos de yoga, com diferentes linhas orientadoras, muito longe do tradicional que sempre quis. O ambiente da prática era de ginásio - demasiado ruído, demasiada luz, demasiado suor das aulas anteriores, demasiadas pessoas.
Desaprendi a essência do yoga.
Este ano, imbuída do espírito minimalista, decidi levar a minha prática mais além.
Abandonei o ginásio em definitivo e optei por um áshrama onde o yoga é, de facto, respeitado e equilibrado, não só ao nível da prática, com as 14 disciplinas, mas também pelo silêncio.