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Respeito o trabalho de um blogger e de um influenciador, mas detesto hipocrisias: não fazemos a mesma coisa.
Os jornalistas regem-se por um código deontológico que os obriga a serem fieis aos leitores, à linha editorial do meio e a um conjunto de regras. Se estão a fazer um artigo editorial, têm de ser imparciais; se estão a fazer um artigo de opinião, têm de dar a sua mais sincera opinião. E isso implica, muitas vezes, falar mal.
Um blogger ou um influenciador, por mais que queira ser transparente perante os seus seguidores, vive da exposição de marcas. E não falam mal — raramente falam mal. É sempre tudo lindo, perfeito e maravilhoso, vale sempre tudo a pena, é sempre tudo o máximo.
Marta Gonçalves Miranda @ magg
@ iview.abc.net.au
Fleabag é uma série tão surpreendente e inesperada que gostamos logo dela ao primeiro episódio.
A actriz - Phoebe Waller-Bridge - representa de forma cool e desengonçada o que todos nós, meros mortais, pensamos, duvidamos, vivemos, sem filtros, sem desculpas, sem máscara.
Uma mulher que não gosta de si mesma, que tem uma visão negra e derrotista do mundo e de quem a rodeia, mas com um humor britânico irrepreensível que nos choca de tão hilariante.
Fleabag somos todos nós, cheio de incongruências, falhas, transgressões e é por isso que é tão excepcional e refrescante ver uma série que reflecte o próprio espectador.
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