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Não é um grande filme e nunca o será. Não tem grandes interpretações nem grandes planos. Não tem nada de extraordinário ao nível cinematográfico, mas contém tudo aquilo que o amor é e deveria ser em todas as suas formas.
Simplesmente assim.
Mãe é a única condição humana que não se pode fingir.
Eu vinha muito aqui quando era pequena. O mesmo quadro, a mesma sala.
Uma vez, quando eu tinha oito ou nove anos, estava uma mulher aqui a observar este quadro. Ela deve ter ficado a observá-lo durante horas, porque saí, voltei e ela ainda lá estava. Fiquei fascinada por ela. A ideia de observar um quadro durante tanto tempo parecia tão sofisticada, tão adulta.
Lembro-me de querer muito crescer para poder voltar aqui e ser como ela. Para poder ver o que ela via no quadro. Para poder demorar o tempo que eu quisesse para compreender o que via.
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