Uma nuvem que se atravessa
A manhã acordou confusa pela nuvem que se atravessa. A luz perde-se para se encontrar numa teia de enganos e opacidades, perdendo-se outra vez no brincar às escondidas, encontrando-se novamente perdida.
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A manhã acordou confusa pela nuvem que se atravessa. A luz perde-se para se encontrar numa teia de enganos e opacidades, perdendo-se outra vez no brincar às escondidas, encontrando-se novamente perdida.
Apressado, fugidio, esquivo, o adeus não se demora na boca ou no olhar. Anseia por um esquecimento que jamais terá, mas que ainda não sabe. Porque a dor é quente demais para abraçar, o adeus despe-se para ter frio.
A chuva cai intensamente, provocando dilúvios de espanto pendurados nas janelas que a observam.
O ruído é ensurdecedor.
Entre o céu e a terra centenas de batalhões que se degladiam aos gritos em guerras aquáticas. A terra desfaz-se em riachos enraivecidos, enganando os mais incautos da sua pretensa submissão.
Golias contra Golias, enquanto o gigante assiste impávido e sereno à pequena catástrofe que não provocou.
Sou filosoficamente simples e espiritualmente complexa.
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