Felicidade é fazer uma coisa diferente todos os dias
Na sua ingenuidade as crianças têm uma perspectiva da vida que muitos adultos invejariam.
Questionou-me ele, um dia, sobre a felicidade.
Perguntei-lhe, porque se preocupava com a felicidade.
Ele queria apenas saber se era feliz.
Creio que precisava de saber objectivamente a definição e as características do estado de felicidade, para se enquadrar e descobrir se era feliz.
O que era, afinal, a felicidade, em que consistia ela e quando era suposto atingi-la, como se tivesse prazo de validade, um produto estático na prateleira de um qualquer supermercado, à espera de ser agarrado.
Permaneci em silêncio, sem resposta, enquanto ele decidia que os quinze anos seriam a idade ideal para se questionar se levava uma vida feliz.
Recordei-me das palavras de Teresa Ribeiro:
Se a felicidade é genética, a pergunta dele é a mesma que faço desde que nasci.
Provavelmente, mais importante que a definição, é saber o que a felicidade significa para nós, naquele exacto momento.
E ele respondeu:
Felicidade é fazer uma coisa diferente todos os dias.