#nãoestátudobem
O primeiro-ministro ficou desconfortável com o facto de pela primeira vez em nove reuniões [do Infarmed] ter sido contrariado pelos epidemiologistas presentes. “Foi um momento de frustração porque a retórica de que está tudo bem acabou”, atira um responsável político.
A fúria do primeiro-ministro teve início com as intervenções de Baltazar Nunes, epidemiologista Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e docente da Escola Nacional de Saúde Pública, e de Rita Sá Machado, da DGS, por terem desmontado a tese de que o crescimento do número de infetados derivou do reforço da testagem e dos comportamentos de risco dos jovens, que o Governo e o Presidente da República têm veiculado.
Aliás, um dos argumentos dos especialistas foi o de que em Portugal a cada 28 testes realizados um é positivo, o que significa que o contágio é significativo e não resultado de um maior número de testes.