Há exactamente cinco anos, enquanto a esquerda celebrava e parte da “direita” lhe chamava “príncipe da política”, previ, porque era fácil prever, que o dr. Costa arrastaria o país para uma ditadura. Há exactamente uma semana, constatei, porque os sinais não deixavam dúvidas, que a ditadura do dr. Costa se consumara de vez. Anteontem, parte da “direita” começou a desconfiar de haver a possibilidade, vaga, rebatível e provisória, de o dr. Costa possuir uma ligeira, ligeiríssima, vocação autoritária. Como diria uma criança de dez anos, a sério? Parte da “direita” parece composta por crianças de cinco. Ou por oportunistas de quarenta.

Alberto Gonçalves @ Observador