Lisboa
Já viram Lisboa de fora, de quem chega do mar?
Não é a mesma cidade de quem a percorre em terra.
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Já viram Lisboa de fora, de quem chega do mar?
Não é a mesma cidade de quem a percorre em terra.
O mais interessante da comunicação humana não é o que as pessoas dizem, mas o que poderiam ter dito.
Temos o hábito de dar um ao outro uma pedra para mostrar como cada um se sente. Áspera ou macia consoante o sentimento do momento. E cada um guarda a sua para não se esquecer um do outro.
Pedi-lhe hoje uma pedra diferente, uma que contivesse o seu desejo de boa sorte para mim, para me acompanhar durante este novo ano.
Que sorte queria eu?
Descobre-a por mim, para mim.
Ofereceu-me uma ametista.
Disse-me que era usada pelos soldados nos cabos das lâminas das espadas como um amuleto contra a morte e para trazer a calma e a vitória nas batalhas.
Pela primeira vez saí lá fora e senti o vento passando por mim, como um poema que deixa cair versos.
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