Uma coisa entre privados
A primeira abordagem do Governo a esta crise foi a de que “era uma coisa entre privados”.
Chegou a verbalizá-lo. O que é naturalmente um disparate e uma omissão das responsabilidades executivas.
Por esta lógica se houver uma greve na EDP, empresa privada, e o país ficar sem electricidade, o Governo intervém de forma decisiva quando? Ao terceiro dia, como desta vez, como se fosse sempre Páscoa? E se a greve for em todas as farmácias, que também são privadas?
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Um Governo competente teria antecipado os problemas de uma greve anunciada há mais de dez dias, teria cuidado de verificar os serviços mínimos de bens essenciais e não deixar isso “a uma coisa entre privados” e não teria apenas corrido atrás do prejuízo.
Mas não temos um Governo competente, temos antes gente habilidosa.
A ler:
José Manuel Fernandes in Observador